A Viagem e a Chegada...

O vôo direto de SP a Johannesburg foi excelente, sem nenhuma turbulência.
Sorridentes no embarque atrapalhando a todos, parados na porta do avião...
Eu e Marco conseguimos assentos na fila da saída de emergência, o que nos garantiu um valioso espaço extra para nossas longas pernas. Dani acabou mais a frente, sentado ao lado de um jornalista de uma rádio de Itatiba, que estava a caminho de sua quinta Copa. Com fé e saúde chegaremos lá. Eu, como sempre, dormi tranquilamente por boa parte do vôo, enquanto Marco e Dani, também como sempre, ficaram acordados a noite toda e pareciam 2 zumbis ao desembarcar. Mas nada que algumas horas de sono e uma rápida adaptação ao fuso horário de + 5 horas aqui não resolva.
Nosso avião (visão da minha janela) e seu irmão gêmeo...

No vôo da SAA (excelente no serviço, na aeronave e no gentil atendimento da tripulação), além da óbvia grande maioria de brasileiros, havia muitos chilenos e alguns argentinos, além de colombianos e outros sul-americanos que usaram a conexão em SP. Muitas provocações, alguns pequenos incidentes mas sem maiores problemas apesar de tantas rivalidades a bordo. No pouso, além da festa brasileira com aplausos e cantorias, fez-se notar a grande presença dos chilenos com o tradicional “Chi-Chi-Chi-Lê-Lê-Lê” recebido com carinho pelos brasileiros. Os hermanos porteños ficaram na deles...
Alguns dos Chilenos esperando as bagagens...

No aeroporto, um controle bem tranqüilo na Imigração, e no meu caso e do Dani nem olharam a carteira de vacinação contra a febre amarela, cuja necessidade foi tão enfatizada antes. Já no caso do Marco, uma checagem completa, carimbos especiais e até um selo foi colado no passaporte... Eu e Dani chegamos a achar que o Marco teria que voltar ao Brasil deportado, pela demora com que foi liberado... Mas no fim, tudo deu certo e adentramos o país das Vuvuzelas, fortemente presentes em altíssimos decibéis já no saguão do desembarque internacional.

Visão do saguão de desembarque internacional no belo OR Tambo Airport, com uma multidão e vuvuzelas em alto volume...

Ali, eu e Dani ficamos tomando conta das bagagens enquanto o Marco foi pegar logo os ingressos num stand da FIFA no segundo andar. Aproveitamos para observar a enorme variedade de nacionalidades e tipos que circulavam pela área, como voces podem ver nas fotos a seguir, que servem apenas como amostra da diversidade que uma Copa do Mundo proporciona.
Argelinos...

Ingleses (ainda sóbrios, acredito...)...
Americanos (havia muitos mesmo!!)...
Mexicanos e seus sombreros...

Suiços..

Depois, pegamos logo nosso carro na Avis (com GPS), que achamos pequeno, notadamente porque originalmente seríamos 4 – neste caso teríamos que pegar um maior, como pegamos na Alemanha. O tamanho de nosso carro, um modelo Chevrolet Cruise, é bem semelhante a um Civic ou Toyota.

Eu comecei dirigindo, e logo paguei o mico de entrar pela porta da esquerda, me esquecendo da mão-inglesa que existe aqui. Após ser obviamente devidamente sacaneado por meus queridos companheiros, me ajeitei e seguimos – com o apoio do GPS com sotaque lusitano – em direção ao hotel, que fica a pouco mais de 15 minutos do aeroporto, mais ou menos na metade do caminho entre Johannesburg e Pretoria – o que nos facilita bastante em função dos 3 jogos que teremos aqui pela região.
Nosso carro, já estacionado em nosso hotel...

Volante a direita...

O hotel fica numa área rural, no meio de quase nada. Os quartos são pequenos, porém confortáveis.

Visão da entrada do Little Tatches, nosso hotel...

Eu e Marco na porta de nosso quarto...

Nosso quarto - o do Dani é colado ao nosso, idêntico...

Parece que estamos numa fazenda, com aves por toda parte, e neste ambiente bucólico Daniel rapidamente se adaptou como pode ser visto na foto a seguir...
Daniel em frente ao seu chalé...

A internet tem sido um problema pois é bem intermitente nos quartos (wireless), o que tem causado problemas na comunicação – tanto no blog aqui como via Skype ou MSN com os familiares e amigos.

Fomos gentilmente recebidos pelo George (com intenso sotaque britânico) com um suco refrescante de laranja com manga, e depois, mais tarde, conhecemos a proprietária Dona Peta, uma senhora gentil e agradável que foi ao nossos quartos nos orientar quanto ao café-da-manhã e em relação às coisas ao redor – restaurantes, supermercados, lojas.

Assistimos à abertura da Copa nos nossos quartos torcendo fortemente pela África do Sul, apesar do carinho que sempre temos e recebemos dos mexicanos. É impressionante o esforço que este país está fazendo para acertar, e o envolvimento de toda a população – brancos, negros, de origem indiana, muçulmanos, etc. – se vê em todos os lugares, com todos vestindo verde-amarelo e expondo a bela bandeira sul-africana em todos os lugares possíveis. Eles merecem, pelo menos, ter o prazer de ver sua seleção seguir um pouco mais adiante na Copa, apesar do difícil e equilibrado grupo A.

Depois do jogo, demos uma descansada, fomos jantar por perto num bom restaurante italiano, e voltamos para ver França x Uruguai e descansar. Eu e Dani nem agüentamos ver o jogo todo, mas Marco, apesar do cansaço, foi guerreiro e assistiu até o fim, apesar dos meus roncos (e os do Dani, que se ouviam a milhas de distância...) a partir dos 10 minutos do segundo tempo.

Nosso primeiro jantar na África!

Aqui faz bastante frio a noite – próximo de zero grau – mas temos aquecimento nos quartos e nas camas (cobertores elétricos em todas as camas – embora pro Marco sejam absolutamente supérfluos, pois pra ele zero grau é clima de verão...). Vamos ver a temperatura durante o dia como será...

Ao final deste primeiro dia, tudo correu perfeitamente bem, e estamos feliz por podermos estar novamente curtindo juntos este evento que, garanto, é extremamente viciante. Quem vem a uma Copa, nunca mais deixa de ir a nenhuma.

Experimente e veja se não estou certo!!