sexta-feira, 2 de julho de 2010

Coluna do Dani - Johannesburg, 30 de junho de 2010

Estava aqui sonhando acordado com tudo que já vivemos neste maior evento esportivo do planeta.

Começamos em 2006, na Alemanha, foram 6 jogos, cidades belíssimas como Berlin, Colônia, Hamburgo e Munique, as cervejas, estádios como o Allianz Arena, o Olímpico de Berlin, o de Gelsenkirschen (Schalke 04) enfim era a realização de um sonho de garotos peladeiros que jamais poderiam imaginar que lá trás, quando ser conheceram em 77/78, pudesse acontecer.


Quatro anos depois, mais precisamente em 11 de junho de 2010, lá estávamos nós aterrisando no aeroporto O.R.Tambo, para uma jornada de 20 dias, mais de 3.100km percorridos, visitando cidades como Johannesburg, Pretoria, Bloemfontein, Port Elizabeth, Durban, os estádios Soccer City, Moses Mabhida, Nelson Mandela, Loftus Versfeld,.... era a nossa segunda Copa do Mundo, desta vez com 7 jogos.


Aumentamos nossas coleções com raridades como Amazulu F.C, African Warriors, Moroca Swallows, ...
Curtimos um safári na tentativa de ver os Big Five, mas ficamos nos Big Three
Nos deliciamos como o cachorro quente de Kudu.
Dos irmão Ninos e Mimmos
As expressões: waka waka, ayoba, howzit, ke nako, laduma, jabulani e sem jamais esquecer a infinidade de cores e modelos de uma vuvuzela.
Não posso esquecer da nossa querida e sempre prestativa Maria João que nos levou a 10th avenue e consequentemente ao Distrito 9;
do colchão inflável desinflando;
da beleza arquitetônica do estádio de Durban;
da falta que faz um hotel com internet;
do nosso alívio em descobrir o Holiday Inn, em Umtata;
do atropelamento do meio fio;
da muvuca que foi para entrar no ônibus da Bajanala;
da alegria do povo com o gol de Tshabalala;
da nossa cara de espanto quando nos mostraram a identificação de policial;
do bate bola no estádio de cricket (Fan Fest);
e mesmo com muito mais aventuras nos sensibilizou o agradecimento de um garçom por estarmos em seu país e prestigiar o evento que muito representava para o povo sul africano.



Depois de Wimpy, Steers, Spurs, Debonnairs, Ninos, Mimmos, nunca um Japa caiu tão bem.

Saudades de Peta, George, Edwin Maratonista, Ronaldinha, Sam, as meninas da Hermitage street (que horror!!!), Robert Kelly, do flanelinha do Soccer Stadium(R50); Jeff Many Things; dos comentários de Felipão na SABC e das constantes frases: Cadê a Maria João, minha carteira, a chave do carro e principalmente cadê o ticket do estacionamento??



Frase: Mais vale o som de mil vuvuzelas do que um pernoite com A. Zuluma, o blogueiro!!

Finalizo agradecendo aos meus companheiros de viagem pela compreensão e amizade e que o sonho continua: Euro 2012 – Copa 14 – Euro 2016 – Copa 18 e quem sabe entre uma e outra um ida a Abu Dhabi.



Valeu.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Dia 20 - Viagem de volta...

Escrevi este post no avião voltando ao Brasil. Foram 20 dias de sonho mais uma vez, sem nenhum problema grave, nenhum susto e muitas alegrias.
O povo sul-africano se dedicou ao máximo para fazer do evento uma boa amostra do país para o mundo, e acho que foram bem-sucedidos nisso. Muito gentis, prestativos, na sua grande maioria com sorrisos nos rostos simpáticos. Espero que a gente consiga manter um padrão semelhante no Brasil na nossa Copa de 2014.
Já nós, viajantes, acho que mais uma vez conseguimos administrar nossas personalidades e vontades e tivemos um ótimo período de convivência e amizade. Espero que em 2014, de uma forma diferente, já que a Copa será no Brasil - o que abre possibilidade da participação maior de nossas famílias - , a gente consiga manter esta já formada tradição.
Espero ainda os comentários de todos, e vou colocar aqui mais algumas fotos, assim que recebê-las do Marco e do Daniel.
Um beijo a todos que acompanharam nossas andanças, e mais uma vez peço desculpas por não ter conseguido manter o blog um pouco mais atualizado - mas as dificuldades de conexão com a internet foram bem grandes.

Dia 19 – Viagem e últimas comprinhas

Saímos cedo e conseguimos cumprir os objetivos e chegar cedo também no hotel, por volta de 14 hs. É um local bem isolado, mas os quartos são excelentes e nos acomodamos bem.


Fomos dar o adeus ao Mandelão da Mandela Square em Sandton, no centro de Joburg.

Compramos bolas e vuvuzelas, e na verdade temos que confessar que estamos meio cheios de comprar, acredite se quiser!
Almoçamos um belo prato num bom restaurante ali mesmo na – nós merecemos – e voltamos cedo pra última arrumação pois amanhã saímos do hotel às 6 hs da manhã.

Nosso vôo sai por volta de 10:30 da manhã e estaremos em nossas casas no inicío da noite de amanhã.

Dia 18 – Último jogo em campos africanos...

Parece que foi de propósito pra chatear o Marco – diferentemente de ontem, amanheceu um dia lindíssimo, com muito sol!
Mas com muito vento – aliás, só abriu assim por causa dele. Bem frio, forte, e que não parou nem um minuto até o fim do dia.

Marco, corajoso, foi assim mesmo pra praia, a pé de nosso hotel até a praia p´roxima à Fan Fest, com direito a passagem por algumas ruas sinistras... Mas ele conseguiu mergulhar nas águas do Oceano Índico, nem tão quentes quanto informado, mas bem aceitável, ainda mais para ele que adora um friozinho. Depois, passou no hotel e foi para o estádio caminhando, onde nos encontrou, a mim e a Daniel.
Pela manhã demos uma passada num dos importadores de miçangas aqui da área, pro Dani tentera fechar negócios aqui pelo continente negro. Depois, já fomos bem cedo – por volta de 11 hs – para o estádio. Estacionamos no Cassino, com o objetivo de curtir a praia também, mas o vento estava muito forte e acabava esfriando o sol lindo que havia.
Daniel pegando um solzinho na frente do Cassino. Pena que estava muito vento e não deu pra ficar muito.

Desistimos, demos umas voltas pela área, matamos a saudade de comer uma comida japonesa num dos restaurantes do Cassino, e por volta de 14 hs já fomos para o estádio, onde encontramos o Marco e curtimos nosso último jogo. Marco e Dani tentaram trocar as camisas que tinham, sem muito sucesso.
Chegada em peso da torcida holandesa, sempre muito animada.

O jogo foi amplamente dominado pela Holanda, que será o adversário do Brasil nas 4as de final. Robben finalmente estreou na Copa, e foi eleito o melhor da partida, tendo marcado o primeiro gol num contra-ataque mortal dos laranjas.

O estádio estava bem cheio, mas com menos festa com certeza do que no jogo do Brasil x Portugal, embora o jogo tenha sido muito melhor e bem disputado. A Eslovaqui jogou o que pode, chegou a ameaçar um pouco durante o segundo tempo, mas levou o segundo num belo gol de Schneider (outro craque do ótimo tima holandês), que decretou o fim das esperanças reais dos eslovacos. No fim, já nos acréscimos, a Eslováquia teve seu esfoço premiado com um gol de honra do artilheiro Vittek (queridinho do Daniel), que marcou de penalty seu quarto gol na Copa.
Seleções alinhadas para os hinos nacionais de Holanda e Eslováquia.
Nossa visão do campo, durante o intervalo da partida (o campo é sempre molhado nos intervalos).
Robben, o homem do jogo, e o perigo para a seleção brasileira.

Depois de passarmos numa pizzaria numa vizinhança meio sinistra – onde nos encontramos com 4 uruguaios que estava acompanhando felizes a Celeste - e depois fomos para o hotel assitir ao jogo do Brasil contra o Chile – muito fácil, como esperado, para o Brasil – e á preparamos a mala pois amanhã é dia de viagem rumo a Johannesburg, de onde embarcamos na 4ª de volta ao Brasil.
Vamos tentar sair bem cedinho para chegar por volta de 14 hs no hotel – um hotel indicado pela Dona Peta do primeiro hotel onde ficamos – e depois, quem sabe caso de tempo, darmos uma passada no centro de Joburg para as últimas compras e encomendas.

Tá acabando a festa !

Dia 17 – Decepção total: chuva e frio...

Nossos planos hoje dançaram solenemente, ou melhor, foram por água abaixo – o dia amanheceu muito nublado e garoando, e a temperatura caiu bastante.

Mas decidimos ir mesmo assim para o Ushaka (que fica a menos de 10 minutos de nosso hotel), mas chegando lá o tempo virou de vez e choveu muito. Marco, de todos nós, foi o que mais lamentou, principalmente por não haver mergulhado no mar ontem, esperando pela visita ao parque hoje. Se arrependimento matasse...

Nós na frente do Ushaka. Nesta hora começou a chover muito, mas muito mesmo!
Mirante dentro de ums dos muitos restaurantes do Usaka Marine World

Demos umas voltas por lá na parte de lojas, fizemos uma reserva para o jantar num restaurante onde se come ao lado de um imenso aquário com tubarões (que nos havia sido indicado pelo Dekko, nosso amigo que encontramos rapidamente pela manhã no hotel) , e fomos dar um tempo até o jogo das 16hs (o esperado Inglaterra x Alemanha) rodando mais uma vez no Gateway. Daniel era o mais animado e acabou comprando mais umas coisinhas para acabar de lotar sua mala já bem recheada de presentes e camisas.
Gateway, nossa salvação num dia frio e sem nada pra fazer numa cidade de praia...

Retornamos ao hotel , assistimos ao juiz decidir o jogo para a Alemanha – que aliás, mereceu a vitória independentemente do erro do juiz – e depois fomos jantar no Cargo Hold com os tubarões.
Nós posando com os tubarões após o jantar no restaurante Cargo Hold.
Foi muito legal e aproveitamos bem a noite, e ainda voltamos ao hotel a tempo de ver a Argentina avançar às quartas de final com mais um erro de arbitragem. Teremos mais um jogão, Alemanha x Argentina, nesta semana que começa. Já iremos assistir a este jogo no Brasil, após a viagem de volta na 4ª feira.

Amanhã nosso último jogo nesta Copa, Holanda x Eslováquia, e depois assistiremos a Chile x Brasil em algum telão por aqui, ou no nosso hotel.

Dia 16 – Sol, sol, sol!!!

Um dia lindo em Durban, aproveitamos para passear bastante e curtir o sol da cidade.

Imagens da praia em frente ao Cassino.
A área em frente ao cassino tem cadeiras e mesas pra curtir o calor da praia.

Tradicional `Ricksha`- taxi puxado por um local - em frente ao cassino. Achamos que o cara não ia conseguir puxar nós 3 juntos...

Visão da praia e das ondas a partir de um dos muitos piers.

Um dos muitos piers de Durban, uma delícia de passear e curtir a galera pegando onda.

Bela visão das ondas com o estádio ao fundo.
Fomos de carro até o cassino, e voltamos a orla toda caminhando até o Fan Fest, onde assistimos ao Uruguai despachar a Coréia, meio no sufoco, por 2x1.
Nós na Fan Fest usnado os chapéus da MTN (operadora de celular) - Ayoba!!!!

Pegamos o carro e fomos jantar no Gateway, desta vez num outro italiano – Ninno – onde comemos ótimas pizzas, com atendimento perfeito (de nosso sorridente garçon) e vendo Gana eliminar os EUA, para minha tristeza e alegria da maioria dos presentes ali no restaurante. Até filmagem estava rolando no local, com o cinegrafista que estava gravando as cenas dos clientes sendo agredido pelo Daniel com uma bolinha de papel por ficar na frente da TV durante o jogo (o cara era a maior mala mesmo, fez bem o Daniel e contou com o apoio de todos!... e foi uma bolinha carinhosa!).

Desta vez, bem alimentados e sem stress, retornamos ao hotel com planos de amanhã conhecer o maior parque aquático da África, chamado Ushaka, e pro Marco finalmente mergulhar no Oceano Índico como ele queria (hoje ele só passeou e acabou não caindo na água).

Dia 15 – Um dia lindo e um jogo sem a menor graça

O dia amanheceu lindo, e após darmos umas voltas a pé pelo centro de Durban – que fica bem perto de nosso hotel - até o Victoria Street Market (uma das atrações turísticas recomendadas, e que acabou sendo um pouco frustrante por ser pequeno e não ter tantas opções assim) para comprarmos coisas típicas, retornamos ao hotel e de lá pegamos o carro e partimos para o estádio, por volta de 13 hs.
Ruas do centro de Durban, com um belo prédio com influências muçulmanas e indianas.
Marco e Dani em frente ao famoso - mas não tão bacana assim - Victoria Street Market.
Praça interna do Victoria Street Market.
Eu dentro do mercado, posando em frente a uma loja típica do mercado.
Já havia trânsito e fomos obrigados a estacionar no Cassino, que fica a uns 300 m do estádio. Mas tudo tranqüilo e organizado.

Muito movimento de torcedores, inicialmente mais portugueses mas depois ficou bem equilibrado com a quantidade de brasileiros. Muita festa, cantorias e um clima bem amistoso como era de se esperar.

O estádio Moses Mabhida é muito lindo tanto de fora como por dentro, embora nosso local de ver o jogo tenha sido o mais apertado (em espaço) de toda a Copa. Além disso, ficamos muito no alto e a visão não foi das melhores.
O belíssimo estádio Moses Mabhida em Durban, com a torcida brasileira chegando em maioria.

Antes de irmos pros nossos lugares, aproveitamos bastante o clima, o sol e a festa dentro da área reservada do estádio, e eu consegui trocar minhas 2 camisas do Brasil por uma da África do Sul e outra da Austrália (completando com a da Nigéria que havia trocado em Bluefontain), acabando com meu estoque para trocas. Dani e Marco não conseguiram desta vez, e tem agora apenas o jogo de 2ª entre Holanda e Eslováquia (que se classificou no lugar da Itália) para conseguir.
Nós três na frente da entrada principal do estádio.
Nossa visão do estádio, na parte mais alta da arquibancada e quase atrás do gol.

O jogo foi o que já esperávamos, muito ruim e sem emoção de verdade. De realçar apenas a marra imensa do Ronaldo luso (agora não é mais Cristiano Ronaldo, apenas Ronaldo) que é o dono do time português, chutando todas de qualquer lugar e fazendo o que quer em campo. E ainda recebeu o título de melhor em campo, um absurdo – o Lúcio ou o goleiro português foram infinitamente melhores que ele... mas enfim, há todo um marketing, e que se pode fazer?
A seleção portuguesa é fraca e mesmo sem jogar bem o Brasil controlou o jogo sem boa parte do seu ataque titular. Acho que a Espanha vai passar tranquilamente pelos lusitanos.
Nó 3 já em nossos lugares.
As 2 seleções alinhadas para os hinos nacionais.
Torcida portuguesa durante o hino nacional, eles eram maioria no lugar onde estávamos.
O belo estádio Moses Mabhida já vazio após o jogo.

Para nós 3 foi a primeira vez em 2 Copas que assistimos a um jogo sem gols!... Um fiasco!
Depois do jogo, tentamos comer nos diversos restaurantes do complexo do cassino, mas foi impossível pela quantidade de gente e pelo tumulto. Acabamos decidindo ir ao Gateway tentar uma mesa mais vazia, como havíamos feito no dia anterior. Também estava cheio, mas bem menos que no Cassino.
Assistimos ao jogo da Espanha e Chile (que acabou classificando os dois também) tentando comer num dos restaurantes italianos, o Mimmos, – digo tentando porque a minha comida e a do Daniel demoraram 2 horas e 15 pra serem servidas, e a do Marco (um simples hambúrguer) simplesmente não veio. Ficamos muito chateados e o pobre do Marco teve que recorrer à pizzaria que fica no térreo de nosso hotel para não dormir com fome.

Amanhã pretendemos curtir as praias e o sol.

Dia 14 – Durban, primeiras impressões

Hoje tiramos o dia para fazer compras. Fomos ao Gateway, tido como o maior shopping da África, e embora com certeza seja um belo shopping, não é tão grande como imaginávamos. Parece um pouco até com o Barra Shopping, e com certeza não faz juz ao outro título que ouvimos aqui: O maior shopping do hemisfério sul!... O Dom Pedro de Campinas é maior em tudo.
Daniel na praça principal do Shopping Gateway.
Marco já com a sua preciosa camisa do Ama-Zulu, time da cidade.

Mas de toda forma compramos o que precisávamos, e ainda por cima tivemos o prazer de tomar café com o Junior do Flamengo, que estava tranquilamente sentado sozinho numa meã de um café no meio do shopping. Marco (da TV Globo) e eu (pelos amigos comuns) já nos conhecíamos e ele nos convidou a ficarmos com ele um pouco, até que o Galvão Bueno chegasse, o que aconteceu em uns 10 minutos. Ele até que foi gentil, nos cumprimentou a todos, mas tem sempre aquele ar meio blasé. Deixamos os 2 a vontade e continuamos nossas compras.Aliás só não tiramos fotos por causa do Marco, uma vez que ambos são contatos profissionais dele e poderia pegar mal.

Ficamos praticamente o dia todo, acabamos jantando por lá mesmo mais cedo, assistindo a eliminação da Itália, e a festa de muitos – e tristeza de alguns. Inclusive nossa, porque sem dúvida seria melhor assistir a Holanda x Itália do que Holanda x Eslováquia, nosso jogo das oitavas aqui em Durban na 2ª feira que vem. Mas enfim, os italianos foram muito incompetentes e mereceram a eliminação.
Dani em frente aos nossos restaurantes favoritos aqui na África do Sul - Nino´s e Mimmos.

Amanhã temos o jogo do Brasil contra Portugal, que infelizmente, pelas circunstâncias do torneio acabou sendo apenas um amistoso, embora na verdade seja bem provável que quem perder (ou Portugal, em caso de empate) acabe tendo que enfrentar a Espanha nas oitavas, o que convenhamos não é nada interessante. Já quem acabar em primeiro deve enfrentar a Suíça ou o Chile, bem melhor. Vamos ver o que rola.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Coluna do Dani (3) - 17 de Junho de 2010

Ficamos um tempo fora do ar, pois a internet em Joburg era temperamental, e quando nos dava o ar da graça era por pouco tempo.

O nosso debut da Copa: Gana 1x0 Servia foi bem legal. Chegamos cedo em Pretoria, fizemos reconhecimento de terreno, estacionamos o carro com o Edwin, um maratonista, ao modesto custo de 40 rands (R$ 15,00). O estádio é bem legal e parece que fora a Copa, nos arredores é uma highschool para meninas.
A estrada Benoni, subúrbio de Joburg, é muito boa. Chega a ter 5 pistas e os 55 km passam rápido. Público 38.000

Jogo 02: Holanda 2 x 0 Dinamarca. No estádio Soccercity que será palco da final é uma mistura de Alianz Arena com Asteca(segundo André) O transito para chegarmos foi complicado. Lento e não tínhamos parking permission. Aí, com a nossa experiência internacional, incluo os poucos dias de África do Sul, percebemos no olhar do segurança um certo jeito pendinte se é que me entendem e , num gesto amável e de compaixão resolvemos fazer uma doação ao orçamento familiar daquele chefe de família e, para nossa surpresa os portões foram abertos com apenas uma simples colocação de um adesivo no vidro do carro.
83.000 pessoas viram os dinamarqueses jogarem muito mal e a Holanda ganhou fácil. Waka WaKa (ainda não descobri o que esse termo significa, vou se a Shakira me diz)
Rustenburg - Royal Bafokeng Stadium.
Jogo 03 Nova Zelândia 1 x 1 Eslováquia ,em Rusteburg, que fica uns 150km de nosso hotel. Fomos via Pretória, uns 3 pedágios e foi o momento pitoresco do evento. O carro fico estacionado num imenso terreiral onde ônibus e vans levavam os torcedores ao Royal Bafokeng Stadium. Bem, a volta onde aprox. 23.000 chegaram de uma só vez foi verdadeiro corre corre e empurra empurra. A Dona FIFA tem que dar uma checada nisso, pois foi um desastre.
O jogo foi o que esperamos e o gol no fim foi merecido e os neozelandeses saíram felizes com esse valioso pontinho. O estádio é bom e fazia um frio danado.
A volta foi longa e lenta. Chegamos ao hotel com temperatura de 2 graus. Acordamos com o carro coberto de gelo. Foi uma noite gelada brbrbrbrbrbrrrrrrrrrr
Nós e a torcida grega.

Jogo 04: Em 4 horas com uma parada de 25 minutos para um pit stop percorremos os 450km de Joburg até Bloemfontein para assistir Grécia 2 x 1 Nigéria .
Estou vento TV enquanto escrevo essas linhas e Gooooooooooooool do México. Estou solidário com os irlandeses que foram impedidos de participar da Copa com a mão de Thierry Henry, por isso neste grupo sou Uruguai e México.
Voltando ao nosso joguinho, bem a cidade foi tomada por gregos que não foram afetados pela crise em seu país. Hellas Hellas.
Fomos testemunhas de uma noite histórica para o futebol dos Hellas. Nunca venceram em Copas e nunca fizeram um golzinho sequer. Então quando Oscar Ruiz apitou o fim do jogo a festa tomou conta da cidade das rosas.

Amanhã mais 650km até Port Elizabeth. Boa noite.

sábado, 26 de junho de 2010

Internet em Durban

Estou me conectando apenas via Blackberry ou quando venho ao shopping (atraves de internet cafe). Logo nao se preocupem caso as noticias cheguem com algum atraso... Estamos bem e curtindo a cidade!

Dia 13 - Muito chão e chegada ao paraíso sem frio

Saímos bem cedo de Mthatha, com frio e um dia bem bonito. A estrada era bem cansativa, com muitas curvas e subidas e descidas. Pegamos um tempo bom em toda ela, e na medida que chegávamos no litoral, sentíamos a temperatura subir bastante.
Saída de nosso hotel (salvador, aliás...) na beira da estrada em Mthatha.
Passamos por muitas cidades pequenas e bem características da Africa, com muita pobreza.
Nossa primeira visão do mar chegando em Durban pela Freeway vindo de PE.

Por volta de 15 hs chegamos em Durban, e fomos diretos ao nosso hotel.

Foi provavelmente nossa maior decepção até agora, pois o hotel era bem simples e localizado numa área, vamos dizer assim, não muito família... Imaginem um hotel na Mem de Sá ou na Praça Mauá - seria mais ou menos o tipo de local onde ele fica localizado. Pensamos bem em aceitar, fomos checar os quartos - eu e Dani estamos juntos nesta parte da viagem, e acabamos conseguindo da gentil Gerente um quarto maior, após reclamarmos do quarto que estava originariamente reservado para nós - e acabamos decidindo ficar ali mesmo. Ela nos garantiu que, apesar das aparências o local é bem seguro e que não precisávamos nos preocupar.
Na verdade, os quartos não são ruins, estão bem limpos e as camas são confortáveis. Mas faltam coisas básicas: não tem internet - nem paga -, serviço de quarto apenas para limpeza e troca de toalhas, e a TV não tem controle remoto (e só pega os canais abertos, o que nos satisfaz ja que passam os jogos todos da Copa). Nós estavamnos discutindo há quanto tempo não vemos uma TV sem controle remoto!
Entrada de nosso hotel.
Mas enfim, estamos estabelecidos, e decidimos dar uma volta pra ver o centro da cidade e a orla. Se bem que estamos na orla, porém na parte menos nobre, que fica perto a algumas áreas fechadas onde não há acesso ao mar, apenas o vemos ao longe.
A orla principal das praias da parte Norte da cidade é onde está a Fan Fest da FIFA e onde fica concentrado o movimento diurno e noturno. Seguindo a partir da ponta mais ao Sul, onde fica localizado o parque aquático mais famoso da Africa do Sul (e dizem de toda a Africa) chamado Ushaka, pode-se caminhar por uns 8 KM ate o Cassino e o estádio Moses Mabhida, onde será realizado o jogo do dia 25 entre Brasil e Portugal.
Imagens da Fan Fest FIFA em Durban.
Uma foto do litoral vendo-se no lado direito a ponta mais ao Sul do litoral Norte, onde fica a orla principal da cidade.

Ficamos na Fan Fest até um pouco mais tarde, e em seguida procuramos um restaurante por perto mas acabamos nao achando nada que nos agradasse nas redondezas. Fomos achar uma pizzaria bem chinfrin perto da orla - aqui é difícil achar opções à noite fora dos shoppings -, onde além de restaurante também havia máquinas caca-niqueis e jogatina - aqui o jogo é liberado em alguns locais determinados. A pizza estava meia bomba mas a fome era negra e nos viramos bem.
Depois, retornamos ao nosso hotel e percebemos que a noite a coisa ficava ainda mais sinistra na vizinhanca. Mas temos garagem num prédio anexo e nao corremos, na verdade, nenhum perigo maior.

Amanhã pretendemos dedicar a algumas compras num shopping comentado como o maior de todo o continente africano, chamado Gateway.

Dia 12 – Estrada e uma cidade realmente africana

Fechamos nossa conta no bom Hotel Boutique, tomamos nosso café e nos despedimos da Gerente Sam (que nos deu a noite dos horrores a 3 de graça) e partimos rumo a Durban.

Um pouco de chuva pelo caminho, temperatura oscilando entre 10 e 16 graus no caminho, e resolvemos parar pelo caminho, numa cidade chamada Mthatha, na fronteira entre o estado que estávamos (Eastern Cape) e o de KwalaZulu-Natal, onde fica Durban. Pelo mapa parecia uma cidade grande, e num entroncamento importante.

Nosso objetivo foi chegar por volta de 15:30hs a tempo de ver os jogos de África do Sul x França e Uruguai x México, ás 16hs no horário daqui.

A cidade era bem diferente, totalmente africana (não vimos nenhum branco pelas ruas) e não encontramos nenhum hotel que parecesse agradável. Por sorte achamos o centro de informações turísticas, e Daniel conseguiu obter da funcionária (que mal falava Inglês) as indicações de um Holiday Inn na estrada por onde já havíamos passado. Retornamos uns 7 KM segundo as orientações, e achamos um hotel que na verdade se chama Garden Court (uma rede local de hotéis semelhante aos Holiday Inn que conhecemos), de bom padrão embora meio caro. Como estávamos sem opção, pois qualquer outra cidade nos obrigaria a pelo menos 2 hs e meia de estrada a mais, acabamos ficando e nos acomodando.




Algumas fotos das ruas principais de Mthatha

Jantamos no próprio hotel, num buffet bem razoável, e assistimos aos anfitriões serem eliminados (já esperado), apesar da boa e convincente vitória sobre os franceses. Depois vimos a Argentina sair como primeira de seu grupo, com a surpresa da Coreia do Sul como segundo, definindo os primeiros 2 jogos das oitavas de final: Uruguai x Coréia do Sul e Argentina x México.


Vista de nosso hotel na beira da estrada na entrada da cidade.

Amanhã o resto da estrada até Durban, esperamos que com um tempo melhor. Agora a noite chovia bastante.